Seguindo com nossa série de reportagens sobre os grandes campeões dos anos 1980, falamos hoje do Rally Paris-Dakar. Como a primeira edição foi em 1979, resolvi inclui-la neste Hall.
Gaston Rahier em 1979 com uma BMW GS
Seu nome, hoje uma marca comercial, era nada mais nada menos que os nomes das cidades onde se dava a largada, onde se dava a bandeirada final. Isso mesmo, o Rally começava na Europa, em Paris e terminava no litoral africano, na cidade de Dakar, no Senegal. A prova historicamente começa logo após o Natal e termina na primeira semana de cada ano, estendendo-se por 10 a 15 dias, de acordo com o roteiro - atualmente a largada tem se dado na primeira semana do ano.
Desde 2009, devido a problemas sociais e políticos, o Rally, que ainda mantém o mesmo nome, não é mais realizado na Europa e muito menos na Africa, atualmente estende-se entre Argentina, Chile, Peru, cruzando os desertos patagônicos e a imponente e complicada Cordilheira dos Andes.
Vários brasileiros já disputaram a prova, sendo que os primeiros e mais conhecidos são Klever Kolberg e André de Azevedo, participando desde 1988.
André e Klever, em 1988 com as XT600 Ténéré
Abaixo a lista dos grandes nomes daquela década, note que 90% dos campeões eram franceses..:
1990
92
Edi ORIOLI (ITA), Cagiva Elefant 900
Paris - Tripoli - Dakar
1989
100
Gilles LALAY (FRA), Honda NXR750V
Paris - Tunis - Dakar
1988
83
Edi ORIOLI (ITA), Honda NXR750V
Paris - Algiers - Dakar
1987
95
Cyril NEVEU (FRA), Honda NXR750V
Paris - Algiers - Dakar
1986
95
Cyril NEVEU (FRA), Honda NXR750V
Paris - Algiers - Dakar
1985
101
Gaston RAHIER (BEL), BMW GS980R
Paris - Algiers - Dakar
1984
101
Gaston RAHIER (BEL), BMW GS980R
Paris - Algiers - Dakar
1983
100
Hubert AURIOL (FRA), BMW GS980R
Paris - Algiers - Dakar
1982
95
Cyril NEVEU (FRA), Honda XL500R
Paris - Algiers - Dakar
1981
100
Hubert AURIOL (FRA), BMW GS800R
Paris - Algiers - Dakar
1980
50
Cyril NEVEU (FRA), Yamaha XT500
Paris - Algiers - Dakar
1979
12
Cyril NEVEU (FRA), Yamaha XT500
Paris - Algiers - Dakar
Esse vídeo, embora traga imagens de baixa qualidade, nos permite ver como eram as motos e os caminhos daquela dificil competição. O Rally vitimou vários competidores e inclusive seu criador, Thierry Sabine morreu durante a edição de 1986 vitima de um acidente de helicóptero, nas dunas do deserto do Mali.
Sem dúvida o grande nome daquela década entre as motocicletas foi o Frances Cyril Neveu...
Cyril Neveu
Cyril Neveu
Não obstante a ser conhecido como "O Rali da Morte", devido a média de 2 mortes por edição, as imagens são maravilhosas e confesso que muitas delas adornavam a capa do meu caderno de escola, e povoavam os meus sonhos de adolescente...e acredito que de muitos leitores também:
Os roteiros eram enormes, entre 10.000 e 15.000 KM
É como diziam os Mutantes, "Loucura pouca é bobagem..." o mesmo Rali que abrigava equipes de ponta com protótipos caríssimos e pilotos bem remunerados, permitia a participação de pilotos particulares, que apenas pagavam a taxa de inscrição e montavam como podiam sua pequena equipe de apoio (ou alugavam espaco em alguma equipe de apoio profissional) - acredite, caro leitor, até mesmo pilotos amadores usando vespas já participaram dessa importante e fascinante competição.
Acompanhe outras matérias sobre competições dos anos 1980, clicando aqui.
Com um temperamento tipicamente italiano, explosívo, potência em altos giros, tecnologia muito avançada para os anos 80, assim eram as Agrale. Também pudera, vinham de uma linhagem italiana de renome - a Cagiva. A Agrale anunciava essa "transferencia de tecnologia" já naqueles tempos, diziam "Agrale, aqui pulsa um coração Cagiva", o que viémos a saber mais tarde é que as motos lançadas aqui não eram fruto apenas de uma transferência de tecnologia, eram simplesmente idênticas às irmãs italianas. Prova disso é que hoje é possível comprar peças via internet (e-bay por exemplo) das "Cagiva Aletta Rossa" na Itália e em sua maioria esmagadora são intercambiaveis. Até mesmo o esquema de cores da Agrale Dakar desta matéria é o mesmo que a cagiva 750cc usava na moto do piloto Edi Orioli no rally Paris-Dakar Mas isso não é nada que a desabone, muito pelo contrário, é apenas uma das curiosidades que combinamos de revelar nestas ...
Lançada em 1987 foi a última moto da família XL lançada no Brasil, substituídas pela linha NX (NX 150, 200 e 350 Sahara) nos anos seguintes. Apesar da choradeira generalizada do consumidor, a moto não recebeu a partida elétrica, sonho de consumo do consumidor no final da década de 80. E, pra complicar, a XLX foi era a mais geniosa da linha, quando o assunto era dar partida no motor. Nas versões de 1990 em diante ela recebia um novo sistema de descompressão do motor, que facilitou sobremaneira a tarefa de colocá-la pra funcionar. No entanto, o exemplar deste post era "das primeiras" e possui a tal partida geniosa. Se por um lado os pedidos do consumidor pela partida elétrica ainda não haviam sido atendidos, por outro lado a moto foi completamente revista, ficando muito moderna, confortável e bonita. Foram incluídos nesta revisão: - freio a disco dianteiro - banco envolvente ao tanque e maior - farol retangular, seguindo a tendência mundial (estranhamente os es...
O mais legal, é que a maiorias das motos desses primeiros anos de Dakar, eram derivadas das de série.
ResponderExcluirRealmente sensacional.